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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ORGANIZAÇÃO DOS ESTUDOS

--ORGANIZAÇÃO DOS ESTUDOS--
BASEADOS EM PESQUISAS BIBLIOGRÁFICAS E VIRTUAIS



Muito a gente ouve de que no meio pagão (como no resto) as pessoas querem tudo mastigado. Muita gente diz que tudo está mastigado pelos sites e blogs da vida. Porém na verdade, a maioria, não está mastigada e sim mastigada, engolida e vomitada.
 
Vejo muito as pessoas, em especial neófitas, dizerem que os conteúdos da Internet são muito variados e contraditórios entre si, assim como em livros de um autor para outro. Mas que fazer com este entulho de informações?
 
A melhor maneira de aprender com isso é o cruzamento de informações e a sistematização do conteúdo e de resultados. Parece difícil e penoso, não é?! Porém pode ser vantajoso e prazeroso, no final de uma dedicada empreita, os resultados são incríveis e você fica craque no assunto.
 
-----Cruzamento de dados------
 
Durante este processo nos fixamos apenas em um assunto, ou seja, dentro de um panteão escolhemos, por exemplo, uma divindade.
 
Primeira etapa - Sistematiza o conteúdo encontrado nos sites:
 
Exemplo:
"Afrodite (em grego antigo: Ἀφροδίτ, transl. Aphrodítē) é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade na mitologia grega. Sua equivalente romana é a deusa Vênus. Historicamente, seu culto na Grécia Antiga foi importado, ou ao menos influenciado, pelo culto de Astarte, na Fenícia.
De acordo com a Teogonia, de Hesíodo, ela nasceu quando Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e arremessou-os no mar; da espuma (aphros) surgida ergueu-se Afrodite." (wikipedia)
Temos aqui a nossa bela Afrodite, vamos sistematizar as informações:
-deusa: Afrodite
--panteão: grego
---nome grego: Aphrodítē
----potencial: amor, beleza e sexualidade
-----equivalência romana: Vênus
-------influência culto: Astarte (Fenícia)
--------nascimento: órgãos genitais de Urano, cortados por Cronos, lançados no mar, nascida da espuma
 
Criamos uma base de dados e a partir disso fazemos isso com as fontes do site A. B e C.
 
>>Segunda etapa - levantamento de pesquisas históricas e arqueológicas. A partir disso identificamos o que é registro antropo/arqueológico / histórico / filosófico e o que é reconstrucionismo ou invencionismo.
 
>>Terceira etapa - separar o reconstrucionismo do invencionismo. O reconstrucionismo é baseado em registro históricos (antropo/arqueo/filos) seguindo a mesma linha de estrutura, ou seja, se em registros dos mais variados diz-se que as sacerdotisas eram virgens, reconstruímos um mito com este mesmo conceito. Ah, mas não encontro como eram as sacerdotisas!
 
 
Geralmente seguem as mesmas características comportamentais atribuídas à divindade. Respeitamos aqui as linhas cronológicas de acontecimentos e fases. Se uma divindade tem aversão a outra em seu mito, no reconstrucionismo isso permanece. Muita gente quer criar uma "ciranda-cirandinha" com as divindades que se odeiam e isso parte para o invencionismo. Para identificar o reconstrucionismo, percebemos que muita informação de base histórica é encontrada, mas encontra-se em mitos reconstruídos que seguem a mesma estrutura central e mesmo padrão periférico.
 
No invencionismo geralmente a pessoa adequa as divindades e os mitos aos seus gostos e conceitos morais (ou não morais). Exemplificando, já vi pessoas colocando Afrodite como uma deusa pura e comportada, espalhando amor e bondade aos quatro cantos. Percebemos claramente um invencionismo, já que havia até repulsa contra ela em algumas regiões da Grécia, por entenderem ela como uma deusa frívola e imoral.
 
Afrodite é a Deusa do Amor, mas a mesma pintou e bordou com os corações alheias, deixando alguns deuses com mais chifres que de costume. Ruim??? Não, este é o aspecto complementar da divindade, não podemos apenas pegar aquilo que é bonitinho e ignorar o que nos desagrada. Ah, mas eu odeio traição! Procure outros deuses, existem milhares no mundo como a deusa japonesa do amor e da beleza Benten, que possui um aspecto mais moralista (não perfeito) e de quebra ainda leva saúde, prosperidade, etc.
 
>>Quarta etapa - separou as bolachas dos biscoitos, então é hora de computar e condensar o conteúdo. Primeiro se atenha às sistematizações dos conteúdos históricos, cruze-os e monte um cenário único. Por exemplo, se no artigo A diz que a divindade é do amor em tal região e o artigo B diz que é do amor e da prosperidade em outra região, cruzamos assim:

Sistematizando:

nome - Divindade X
região A - amor
região B - amor, prosperidade
 
Cruzando:

Divindade X - amor, prosperidade (região B )
Agora cruzando o histórico com reconstrucionismo:
Divindade X - amor, prosperidade (região B )
 
Reconstrucionismo:

nome - Divindade X
potencial - amor, prosperidade, sexualidade (supondo que faz parte da estrutura comportamental da divindade, só exemplo).
 
Cruzando
Divindade X - amor, prosperidade (região B ) <- histórico
Divindade X - amor, prosperidade, sexualidade <- reconstrucionismo
cruzamento: Divindade X - amor, prosperidade (abolimos região), sexualidade.
 
Podemos optar pela desconstrução prudente. Por exemplo, se em todas as regiões a nossa divindade é do amor e apenas em uma região isolada (registros históricos) ela é de prosperidade, podemos optar em fazer assim.
 
Cruzando
Divindade X - amor, prosperidade (região B ) <- histórico
Divindade X - amor, prosperidade, sexualidade <- reconstrucionismo
cruzamento: Divindade X - amor, sexualidade.
 
Perceba que excluímos a prosperidade, assim moldamos uma divindade voltada apenas ao culto amoroso e sexual. No invencionismo possivelmente há uma lógica falha, por exemplo, se a Divindade X é do amor e da sexualidade, então incluímos a paixão, a prostituição. Ficando assim:

Invencionando: Cruzando
Divindade X - amor, prosperidade (região B ) <- histórico
Divindade X - amor, prosperidade, sexualidade <- reconstrucionismo
sugestionabilidade - paixão e bondade
cruzamento: Divindade X - amor, sexualidade, paixão e bondade
 
Não é só pouco são termos intimamente ligados que podemos incluir num reconstrucionismo. Temos que nos ater a estrutura comportamental da divindade. Ou seja, se em nenhum momento a divindade se mostrar assim ou assado nos mitos históricos e reconstrucionistas, não é incluído estes aspectos a mesma.
 
Chegamos a uma conclusão:
Divindade X - amor, prosperidade (abolimos região), sexualidade.
OU
Divindade X - amor, sexualidade.
 
>>Quinta etapa - amplificar a base de dados. A partir dos estudos com base em pesquisas históricas (arqueo/antropo/filos) e do reconstrucionismo, ampliamos nossos conceitos.
 
Ampliando:

Divindade X - amor, prosperidade (abolimos região), sexualidade.
A Divindade X é a deusa do amor e da prosperidade e da sexualidade, seus cultos são baseados na consagração e devoção dos aspectos emocionais ligados ao Amor. A Divindade X tem uma vida sexual ativa, tendo relações com vários outros deuses encontrados em seu mito. Suas sacerdotisas não eram castas e nem mesmo casavam-se, ofereciam aventuras sexuais aos viajantes que visitassem os templos. Suas oferendas são maçãs e objetos representativos fálicos, assim como alimentos como pepino, banana, mandioca, etc., além de rosas cor-de-rosa.
 
Só um exemplo, como se tivéssemos tirado isso dos mitos já vistos (não inventados).

>>Sexta etapa - separado o que invencionismo, vamos aproveitá-lo (quem achar conveniente pule esta parte). Sim, achou que íamos abandonar o invencionismo? Não! Vamos aproveitar as cascas e o bagaço e fazer uma torta!
 
A confiabilidade de algo depois que identificamos como invencionismo, cai em terra. Mas muito invencionismo na prática é funcional.
 
- Egrégora: analisamos a egrégora no geral e vemos se os conceitos não são antagônicos com ela e com os aspectos comportamentais da divindade. Ou seja, se a nossa Divindade X é a deusa da fertilidade e pelo invencionismo adicionaram a prosperidade (não as considerando a mesma coisa), não há nada de mal aqui. Pode ser invencionismo, mas mantém o uma linha de raciocínio em parte coerente.
 
Mas se porém atribuem a nossa deusa da fertilidade o aspecto de deusa do infortúnio, por exemplo, apenas porque em seu mito ela se enfureceu e destruiu as plantações e o povo morreu de fome, podemos descartar se isso não se enquadra no perfil geral da divindade. Por exemplo, de outro tópico meu, a Amaterasu ("amaterassu"), deusa japonesa do Sol. Em um momento ela se enfurece e se esconde numa caverna (Inverno), causando o frio e a escuridão. Isso não quer dizer que ela é também a deusa do frio e da escuridão! Bem por ai mesmo!
 
Mas se alguém resolve por invencionismo adequá-la como também deusa do fogo (pela pseudológica "Sol = Fogo") não está errando, apenas está em sua razão e o culto pode ser bem funcional.
 
>>Sétima etapa - finalização e estruturação da crença:
Colocamos tudo num mesmo cenário, porém de forma separada e bem definida. Temos a nossa sistematização (baseada nos estudos coerentes) e o invencionismo funcional.
 
A base de crença e prática deve ser a da sistematização, ou seja, reconstrucionismo, histórico ou um misto de ambos. O invencionismo funcional é mantido como fonte de pesquisa, inspiração e provisão. Afinal durante o caminho muito aspectos podem sofrer alterações durante as práticas e conhecer invencionismos funcionais pode nos ajudar a compreender melhor nossas práticas e quem saber sejam até necessárias, podendo uma hora ou outra ganhando um carisma maior da gente.
 
Bom, pessoal é isso! Espero ter ajudado um pouco. Sei que é maçante e difícil, mas com o tempo, praticando bastante, conseguimos criar compilações coerentes, complexas e eficientes até mesmo lendo três ou quatro textos ao mesmo tempo. Escrevam e leiam bastante, isso ajuda muito na hora de escrever, interpretar, sistematizar, filtrar. Não precisa ter medo de algum texto, livro ou assunto só porque alguém ou outro autor disse que não é funcional. Temos que encarar e praticar bastante a organização dos nossos estudos assim aprendemos a filtrar as coisas úteis das realmente banais.
 
Quero lembrar que estes são métodos pessoais, não são métodos padrões nem absolutos. Cada um tem um jeito de estudar e sabe fazer deste jeito o funcional. É apenas para ajudar quem quiser se aventurar!
 
 
 

MITOLOGIA JAPONESA

MITOLOGIA JAPONESA
 
 
 
Há alguns anos percebi que existiam mais pessoas que cultuavam divindades japonesas do que se pensava. Um mito em especial, muito ligado inclusive com as origens do povo japonês é o dos Deuses Irmãos: Amaterasu ("amaterassu"), Tsukyiomi ("tsuquiiomi") e Susanoo ("sussanoo" com um O final prolongado).
 
Ao contrário do que vemos na Bruxaria, a Deusa Amaterasu (Deusa Sol) é que é a representação do sol, por vezes conhecida como "Amaterasu Oho no Kami" (Grande Deusa que ilumina o céu). O Deus Tsukyiomi (tsuki - lua e yomi - leitura do verbo yomu - ler) é que representa a Lua. Susanoo (algo como "Aquele que ajuda a vida do homem") é o irmão mais novo, sendo o Deus dos Mares e das Tormentas.
 
Os três irmãos deus são filhos do Deus Izanagi, o "Varão Majestoso", que tem como esposa sua irmã, a Deusa Izanami "Aquela que convida", sendo responsáveis por criar outros deuses (deuses menores), os humanos e o mundo.
 
Izanami (a deusa) é a representação do nascimento e da morte, muitas vezes é solicitado o seu auxílio às mulheres com problemas sérios no parto. Ela, assim como Amaterasu, estão intimamente ligadas a Roda do Ano, pois é através delas que vemos os conceitos de Naciscimento-Morte-Renascimento e as estações do ano com seus pormenores.
 
Amaterasu, sendo a Grande Deusa Sol, está intimamente ligada às colheitas, sendo ela que trás a luz na Primavera. Durante o Inverno ela se refugia em um caverna escura. Amaterasu é representada por vezes com um disco solar, tendo alguns exemplares arqueológicos destes em museus. Por mais que exista Izanagi e Inazami como deuses maiores, Amaterasu é uma deusa central, sendo a principal deusa no cenário mitológico japones, em especial para o Xintoísmo (shin - deuses, to - caminho). É considerada a Grande Mãe que cuida dos seres humanos e de suas necessidades.
 
Outra deusa muito aceita e cultuada é a deusa Ame no Uzume no Mikoto (ou apenas Uzume) é a deusa mais divertida, a deusa da alegria, sendo importante no retorno da luz que irá iluminar a Primavera (Amaterasu). Também conhecida como "A Grande Persuasora", pois é ela que ajuda a trazer de volta Amaterasu. Em várias outras passagens ela é a deusa que apazigua os muitos desentendimentos e sempre acaba convencendo-os. Ela se casou com Saruta-Hiko, o Deus da Terra.
Como celebrações maiores temos a Festa de Primavera (Haru Matsuri), Festa de Verão (Natsu Matsuri) e a de Outono (Aki Matsuri).
 
A Festa da Primavera (Haru Matsuri) é o momento de pedir aos deuses bênçãos para que as próximas colheitas que virão com o retorno da Deusa Sol sejam prósperas. É momento de pedir prosperidade sobre todos os campos da vida. A festa é geralmente muito colorida, regada de flores.
 
A Festa de Verão é o momento de limpeza. Momento onde é pedido aos deuses proteção e a destruição do mal. Através desta comemoração afastamos todas as coisas ruins, evitando tragédias, uma colheita ruim e todas as enfermidades. Esta festa é regada de muita alegria, música, cores.
 
A Festa de Outono é o momento de agradecimento sobre uma colheita próspera. É momento onde são oferecidas as oferendas à Deusa Amaterasu. Em 23 de Novembro é comemorado o dia de agradecer pelo trabalho, quando novas oferendas são dadas como agradecimento. Em 15 de Novembro é o momento de agradecer pela boa saúde das crianças. Nesta época os cultos são voltados para isso, agradecimento.
 
Todo este cenário é voltado ao culto da Natureza, aos ancestrais e aos deuses, em especial alguns deuses menores como Amaterasu. Muitas divindade são personificações de aspectos da natureza como chuva, rios, árvores, montanhas e até mesmo clãs específicos. O conceito central da existência divina é o de imanência, ou seja, os deuses estão em tudo e tudo está nos deuses de forma inseparável. O entendimento central é que os deuses estão dentro de nós assim como nós fazemos parte deles.
 
Como já dito, a divindade central de culto é Amaterasu, a Grande Mãe ou a Grande Deusa Sol. Através dela é que podemos compreender e sentir as mudanças durante as estações. Amaterasu é comparada a Apolo, o Deus Sol, assim como Benten, a deusa japonesa do amor.
 
O conceito da tríplice divindade é raro, mas aceito. Vemos Izanami, a deusa anciã, Amaterasu, a mãe e Uzume, a donzela. Uzume é muito vista como a uma deusa jovem e alegre, cheia de irreverência e um dom forte de persuasão (o que nos permite uma comparação com Benten). Amaterasu é a deusa mãe, cheia de amor para com os filhos, com um mito recheado de amor, sacrifício, emoção e cuidado para com os homens. Izanami é a mãe velha que é mais séria, madura e de onde veio todo o potencial de criação.
 
Existem outras linhas mitológicas muito aceita no Japão, mas esta é uma bem utilizada e que se enquadram bem aos ritos e cultos durantes as estações do ano, ao culto a Natureza e da conecção maior com ela. Se enquadra perfeitamente ao culto voltado às colheitas e à prosperidade, se encaixando ao conceito de Paganismo, no sentido do meio de vida voltado ao campo. Apesar disso hoje é muito (talvez mais) praticado de forma urbana, adaptado à realidade atual, voltado ao culto de prosperidade e agradecimento.
 
As fontes são bem variadas, indo do Wikipedia a vídeos do Youtube em Inglês. Encontram-se facilmente divindades voltadas para o obscuro, mas são pouco cultuados e os cultos japoneses são mais voltados exatamente para manter distância destes.
Espero que tenham gostado e caso você já tenha feito algum culto/ritual voltado a estas divindades, comentem. Lembrando que existem muitos praticantes voltados para a prática de magia através do panteão japonês.
 
Lembrando sempre: "O maior presente dado a um ser humano é a liberdade de andar com as próprias pernas!"

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

AÇÃO E REAÇÃO - LEI DE RETORNO



AÇÃO E REAÇÃO






  Muita gente dentro das práticas de Bruxaria, acreditam em alguma lei universal de retorno de acordo com nossos atos. Alguns desconsideram qualquer ideia semelhante.

Não há muito consenso quanto a isso e alguns alegam que isso é apenas um conceito cristão. Porém a teoria de uma lei natural e inevitável que retorna para nós tudo que diz respeito aos nossos atos é mais antiga que o próprio Cristianismo, inclusive dentro de culturas que nada tinham a ver com o Cristianismo, viajando pelos séculos desde aproximadamente 4000 anos antes da era comum (ou A.C. se preferir).

Alguns Bruxos simplesmente não acreditam. Acreditam que podemos fazer tudo sem consequência algumas, alguns vão mais longe e dizem que as consequências se fazem apenas mediante culpa.

O conceito de uma lei universal de ação e reação é vista até mesmo na Ciência moderna (3ª Lei de Newton). Era inclusive aceita pelo grande gênio Albert Einstein. No Universo essa lei é infalível e diz que toda ação executada recebe uma reação contrária de igual força, intensidade e caráter. Ou seja, se você der um soco em uma parede equivalente a 30kg, a parede te devolve o mesmo impacto na mesma proporção quando atingida pela mão.

O que muita gente confunde é o Karma, conceito antigo e bem difundido, com Carma (ou mesmo Karma) usado pelas linhas de pensamentos esotéricas. Nas linhas esotéricas há uma mistura dos conceitos de karma e dharma, o que causa grande confusão quando falamos no assunto. No Esoterismo, o Karma é uma dimensão em espaço-tempo, onde fica tudo o que fazemos de bom ou ruim e de acordo com isso, uma lei universal faz com que tudo que fizemos de bom ou ruim retorne a nós, seja por provações, seja por acontecimentos. Se você bate em alguém, no momento certo você receberá isso de volta, levando uma surra ou sofrendo a mesma dor, ferimentos e todo o sentimento que fez o outro passar. No Esoterismo fundiram o conceito de dharma, que são um conjunto de ideias religiosas e filosóficas de um padrão adequado de comportamentos.

Ao contrário do que muitos pensam, o conceito de Karma não se aplica às práticas espíritas kardecistas e pouco falada na Umbanda. Para eles a lei maior é a vontade de Deus e tudo é subjugado a quantidade de amor aplicada e afinidade, evolução espiritual, ou seja, se nós evoluímos e aprendemos o certo, podemos não precisar passar pelo mesmo mal que causamos. Bem mais ampla do que outras linhas cristãs, como a neoprotestante que acredita que nada de mal retorna quando depois do batismo, aceitação de Jesus e um pedido de perdão a Deus, além do arrependimento. No Catolicismo todo o mal feito irá ser julgado no Juízo final, porém alguns ainda acreditam no retorno antes mesmo disso.

Na Bruxaria o conceito de karma é muito mal compreendido pela maioria e o mais conhecido é o conceito esotérico, que pouco tem a ver com o conceito original. O conceito original inclusive está intimamente ligado às práticas e cultos hinduístas e suas divindades.

A Lei de Retorno, muito falada entre Bruxos, nos diz o mesmo, que tudo que fizer será devolvido de igual forma. Para algumas vertentes pagãs e sistemas mágicos, muito é considerado que tudo pode ser feito e nada irá contra. Se for feito, não há com que se preocupar, pois nada irá nos julgar e nos punir por nossos atos. Algumas linhas não admitem a ideia de uma divindade, quanto menos uma divindade que puna. Menos ainda uma lei natural que faça isso. Outros admitem que tudo que for feito, foi possível por consentimento divino, então não há punição.


Em religiões como Hinduísmo, Budismo e Jainismo existe o conceito de Karma. O conceito de Karma nestas religiões diz a mesma coisa: toda ação tem uma reação igual e no sentido oposto. Ou seja, se mandamos, fazemos, pensamos, vivemos, proporcionamos algo de bom para o outro ou para o mundo, uma lei universal faz com que isso retorne a nós da mesma forma. Se você ajuda uma pessoa hoje, amanhã pode precisar e receber a ajuda. O Karma seria uma fábrica onde o produto produzido é resultado do ingrediente usado, onde nós mesmos somos obrigados a usar o produto. Se colocamos carne, comemos carne. Se colocamos carne e vegetais, não importa o formato, o gosto, o cheiro, vamos comer carne com vegetais.

Na Bruxaria o conceito pode variar muito, atingindo mesmo um caráter triplo, ou seja, a Lei Tríplice. Esta diz que tudo que você fizer para alguém ou algo através da magia (alguns aderem o conceito até mesmo fora da magia) retornará a você um determinado número de vezes: Alguns consideram 3 vezes a intensidade (por exemplo, na Wicca) e outros 9 vezes (3 vezes o 3 quando empregado ou Lei Nônupla).


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

VAMPIRISMO ENERGÉTICO

VAMPIRISMO ENERGÉTICO



O que não se pode confundir são pessoas que emanam energias pesadas e de muito baixa vibração com pessoas que realmente sugam energia. Não podemos nos enganar com aparências e achar que só pessoas negativas, doentes, egocêntricas, etc. são quem são vampirizadoras. Aquele amigo alegre, super descontraído, aquela amiga super tranquila e espiritualizada, aquela pessoa legal que inspira e transpira simpatia... qualquer um pode ser um seca-pimenteira sem ser notado como tal.

Ser banhado com uma chuva meteórica de energias ruins não é mesma coisa que ter energia sugada, quando temos energia sugada uma boa reposição com boa alimentação e hábitos, meditação e exercícios de respiração, pensamentos e mentalizações agradáveis... tudo isso pode ajudar. Mas quando somos bombardeados de energias ruins, é preciso muito mais para fazer uma limpeza dessa lama energética.

Quanto aos vampirizadores, pouco podemos fazer sobre eles, uma boa prática para proteção (ritual, amuleto, etc.). Se afastar dessa ou daquela pessoa pode ajudar, mas não garante eficácia e podemos estar cometendo um engano, Além do mais, muitos sugam à distância com emanações de pensamentos. Uma pessoa que para ao nosso lado em uma fila de banco pode sugar nossa energia e muito. No trabalho aquela pessoa invejosa, aquele sanguessuga profissional, aquele que sempre precisa de ajuda e nunca consegue resolver nada... e por ai vai.

Geralmente podemos identificar algum vampirizador por uma falta de ar, uma arritmia cardíaca, fraqueza nas pernas, tremedeiras sem razão óbvia, tonturas, um repúdio inexplicável, dores na região do estômago e em áreas das costas, peso nos ombros e incômodo na nuca, queda de cabelo e por ai vai.

Já o bombardeio de energias ruins nos causa também cansaço, além de irritação, arrepios, mau humor sem motivos óbvios, tipo você numa balada se divertindo muito e de repente muito bate aquela vontade de ir embora sem motivo, tudo fica irritante e incômodo, perdemos o controle de emoções, sentimos dores em várias partes do corpo, causa repúdio de lugares e pessoas.
 
O que muita gente não comenta é que existem locais vampirizadores. Lugares que absorvem suas energias seja por questão geográfica, seja por questão histórica (quando algo acontece no lugar), seja pelas pessoas (e espíritos) que os frequentem, ou mesmo pela abertura de portais.

Objetos vampirizadores também existem. Recentemente um estudo confirmou que a prata é um material sanguessuga. Isso mesmo! Comprovado cientificamente que pessoas que usam muito o metal desenvolvem menos a musculatura, ficam cansadas com facilidade, possuem menos vitalidade do que poderiam ter se não usasse (adoro prata achei péssimo!).

A verdade é que temos que nos preocupar com nós mesmos e deixar para lá o que atrapalha. Quando nós somos os vampirizadores devemos observar como as pessoas costumar nos receber, como nós a encontramos e ver se há súbitos comportamentos estranhos como dores, mudança de humor, cansaço.

Quanto às plantas, elas apresentam diferentes comportamentos:

1) ao vampirismo elas secas quase que em seguida à presença da pessoa, dificilmente adoecem ou amarelam, podem apenas murchar. Com flores costuma soltar pétalas que secaram quase que em algumas horas.
2) com energias ruins elas adoecem, amarelam, murcham, ficam com apenas alguns galhos murchos ou doentes e o resto da planta saudável.

O grande problema é que parte destas coisas atingem os animais domésticos que muitas vezes servem de escudo. O melhor é prevenir!






sexta-feira, 9 de agosto de 2013



SACRIFÍCIOS RITUAIS

Vi gente falando que sacrifício ritual nada tem a ver com alimentar-se de carne. Verdade. Porém a pessoa aceitar ou não comer carne, muda completamente sua visão no que diz questão ao sacrifício. Não adianta um discurso de ampla defesa de tradições e práticas milenares quando a realidade é outra.

Há alguns séculos atrás sacrificavam humanos em áreas públicas, mulheres, crianças, idosos... e hoje ainda há quem faça isso em algum lugar do mundo. Nós evoluímos e não creio que esse discurso de "sou pagão e honro as práticas contidas nos mitos antigos", que em grande parte é incoerente. São pouquíssimas as pessoas hoje que não pratiquem uma espécie de reconstrucionismo supermoderno.
Muita gente que acha que o sacrifício é algo muito sagrado, jamais sacrificaria seu animal de estimação caso lhe fosse requisitado (só um exemplo, claro). Na antiguidade, um pai daria o sangue da sua filha se fosse um "pedido dos deuses". Sei que existem pessoas capazes, mas neste Paganismo atual em que vivemos... deve ser algo muito absurdamente raro mesmo!


Um cara no Paraná matou uma mãe-de-santo e mais algumas pessoas à facadas porque disse que Deus havia lhe mandado (enquanto ele já tentava matar a namorada). E muitos evangélicos bombardearam nas redes sociais apoiando a atitude, pois isto está na Bíblia (pesquisem). Isso não é sacrifício ritual, mas é sacrifício à divindade. Longe de mim julgar o que realmente foi o motivo da chacina. O que tira totalmente isso de que anti-sacrifício é coisa de cristão, porque a maioria protestante é contra o sacrifício em nome dos deuses dos outros... apenas.


Já falei muitos com evangélicos sobre isso e quando se trata do Deus deles, acham válido. Os católicos é que são mais arredios quanto a isso, mas é uma questão sociocultural, não religiosa. Os evangélicos que não aceitam é porque também possuem esse conceito sociocultural de que matar é ruim, que. Porque acham que houveram tantas mortes em nome da igreja cristã? Porque eram apoiados pelas escrituras. O conceito mudou socialmente e não por causa cristã.

Há a passagem "As feiticeiras não as deixeis viver!", porque era no contexto uma afronta a Deus (a feitiçaria). A única coisa que mudou, foi o sacrifício de cordeiros, apenas por relação deles com Jesus. Até mesmo no Judaísmo houve abandono da prática, apesar de ainda ser muito feito, assim como no Islamismo.

Não defendo o anti-sacrifício e acho que algumas energias só são acessadas assim, pelo sacrifício animal. Porém, quando falo em evolução, é no aspecto de melhorar, e se você consegue acessar aspectos de sua egrégora se desapegando da necessidade de um sacrifício, você evoluiu, melhorou em suas práticas. E as pessoas estão mau acostumadas em associar a evolução apenas ao espiritual. Evoluimos educacionalmente, fisicamente, psicologicamente, profissionalmente... as pessoas estão mau acostumadas a encarar evolução como algo cristão. Mas quem não evolui?

Na época em que sacrifícios eram algo tão necessário aos cultos, pessoas no norte da África e Sul da Europa temiam atravessar o Estreito de Gibraltar, no Mar de Alberão, leste do Mar Mediterrâneo, porque achavam que era o fim do mundo, era uma região apenas acessível pelos deuses, alguns achavam ser uma passagem ao submundo. Hoje as pessoas navegam tranquilamente sem medo. (Até que faz sentido, já que seguindo reto dá de cara com o Triângulo das Bermudas)

Dai porque os antepassados temiam navegar por lá, medo de parar no submundo, as pessoas hoje em dia, com as mesmas práticas religiosas e que seguem os mesmos ritos vão ter medo? Abandonaram a crença porque evoluiram, aprenderam... Assim é com o sacrifício, que embora válido e poderoso, pode ser abandonado. Hoje ainda é permitido, mas a tendência é ir sumindo ainda mais.

No Candomblé, onde nunca se encarou isso como tabu, hoje tem pais e mães-de-santo fazendo substituições porque acham desnecessários. Isso falo de pais e mães lá da Bahia, região onde pais e mães-de-santo são respeitados até pelos padres católicos. Acredito que a prática tende a sumir completamente, exatamente por questão evolucionária, negue quem quiser.

O que não tira o caráter sagrado que possui de quem o considera assim. Eu creio na sacralidade do sacrifício, mas também acredito na sacralidade do ato de abandonar a prática em nome de outra vida, e, não chamo isso de cristão e sim, de evolução, no sentido da capacidade de melhorar, desapegar, mudar e não de tornar-se melhor que o outro ou ser mais capaz do que o outro.

Na verdade tem muito pagão dizendo que a igreja cristã é uma igreja retrógrada, que não evolui, primitiva, bárbara e todo nome neste sentido, que deveria evoluir e abandonar essa tirania, que ficam vivendo às custas de textos escritos por homens há milhares de anos, mas não aceitam quando dizem que devemos evoluir no Paganismo e abandonar algumas práticas, apenas por acharem que o Paganismo é livre e democrático.


E detesto ter que ficar beirando defender causa cristã, mas é a realidade.


Mas são só opiniões minhas, viu gente, não me espanquem. Se falei besteira, me corrijam, por favor. rsrsrs